Diário Nerd - Ônibus | Nerds Attack!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Diário Nerd - Ônibus

Ônibus, uma das maneiras de se torturar um nerd.

Onibus Infernal
Um exemplo de como era o ônibus visto de fora.
   Olá nerds e leitores da Nerds Attack!. Estou criando a seção Diário Nerd por um simples motivo. Tudo que há de ruim e pode acontecer, desde a compra de um hamburger até uma epidemia mundial, recai sempre sobre minha cabeça. Provavelmente muitos se identificarão com essas histórias reais da minha vida. Para aqueles que duvidam, sim, elas acontecem. Começarei com minha primeira história de desgraça registrada que marcou tanto minha vida. Tanto é que ao chegar ao trabalho fiz questão de digitá-la e publicá-la no Buzz. Como a ferramenta foi descontinuada e tenho registrado a partir de então todas as minhas maldições, vou começar a publicá-las aqui.

O ônibus - escrito e vivido por Gabriel Moreira.

   Voltando pra casa, após ter tomado um balão do professor na faculdade, pego eu o ônibus razoavelmente e aceitavelmente entupido como sempre. Com o percurso, ele foi ignorando completamente qualquer lei da física e mostrou que oito corpos ocupam o mesmo lugar no espaço. Chegou uma hora que se entrasse mais gente, ou seria encochado por mim e engravidaria de vez ou então sairia pela janela, já que não tinha mais espaço. E pra piorar, a lei dos corpos estava errada porque continuava entrando mais gente!
   A mulher (nada contra, mas BEM espaçosa) que estava na roleta do ônibus veio pra perto de mim, já que era o lugar com menos de oito pessoas por metro quadrado que ainda restava. O problema é que ela liberou espaço para entrar mais gente, já que agora, pendurado na roleta não tinha mais ninguém! Nessa hora parecia baile funk e foi a hora que pensei fu%$#. Não sei se ELA estava se aproveitando da situação, mas ela não mantinha distância de mim. Nas curvas parecia surf, eu fazendo um esforço incomensurável pra não encostar na referida pessoa e ela nem segurava nos apoios do ônibus, apenas deixava eu segurá-la por ela (olha que foi difícil, porque a pessoa era MUITO BEM "fofinha"). E O PIOR! Ela fedia. Como fedia! Deve ter se agarrado com um mendigo na rua ou já estava sem água por um período de um mês, porque pra conseguir aquele odor precisa-se de um trabalho duro... Penso eu então, tentando avaliar a situação por um ponto positivo: "pelo menos a janela está aberta na minha cara. Só virar o rosto e tudo se resolve!". Mas não! Porque? Começou a chover e respingar na mulher sentada perto de mim. Desesperadamente esperando para ela não me pedir que fechasse a janela, o Murphy age novamente e lê meus pensamentos. Ela me pede gentilmente: "poderia fechar a janela? Está pingando e mim.". Gentilmente, mas com ódio no coração, eu fecho a porcaria da janela e aí já não tinha mais nada de vivo em mim. Toda minha vida esvaecia-se pelos meus póros, literalmente, porque aquela mulher deve ter tomado banho em merda pra estar com aquele odor. Bom, achando que não tinha como piorar e já chegando ao meu destino, o cheiro que já era MUITO RUIM começou a ficar MUITO PIOR do que já estava. Conseguem imaginar o que aconteceu? Sim, realmente alguém não conseguiu segurar a flatulência, também conhecido como peido. Talvez devido ao trânsito, mesmo com o ônibus fechado resolveu se arriscar para ver se saia silencioso. O problema é que os silenciosos sempre são os mais fétidos! E foi ele mesmo quem veio, com toda sua ira e fedor! Tentei olhar algumas mãos para ver se tinha uma mais amarela do que a outra mas como já devia estar "de onda" por causa do odor que me corroía pior do que ácido, minhas vistas já estavam embaçadas. Olhei para os lados e aparentemente só eu estava sentindo. Olhei novamente e a mulher que estava sentada perto de mim começou a abanar o nariz com uma revista. Pouco depois, todos em volta da bendita mulher estavam abanando o nariz ou tentando abafar de alguma forma, porque estava insuportável! Percebendo isso e de forma sagaz, perguntei a mulher que antes havia pedido pra eu fechar a janela: "posso reabrir? Acho que parou de chover e está um pouco abafado...". Na mesma hora tive um aceno com a cabeça, um aceno positivo! Sem pensar duas vezes, abri a janela como se não houvesse amanhã! Nessa hora, vi um ponto de luz no fim do túnel, um lampejo de vida! Daí pra frente as coisas foram melhorando e quando desci do bendito ônibus, me deu muita vontade de, sei lá, abraçar a árvore, beijar o chão, fazer um strip tease, virar um mortal, abraçar a árvore de novo ou qualquer coisa do tipo, porque o que eu passei lá dentro foi praticamente tortura medieval. Se bem que nem isso chega aos pés do que passei ontem.
   Bom, é isso. Apenas um conselho de uma pessoa já bem vivida em transportes públicos: NUNCA, mas nunca mesmo, não ousem ficar parados perto da roleta ou trocador. É sempre o lugar que dá merda e é sempre o lugar que mais cabe pessoas por milímetro quadrado.

   Continuem acompanhando pois novas histórias virão, infelizmente para mim e felizmente para vocês, já que devem se divertir com a desgraça alheia.
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3 comentários:

  1. Nossa... eu chorei de rir é sério!
    A cada frase eu chorava e chorava! kkkkkkkkkkkkkkkkk

    Continue assim! Vc está mandando super bem!

    Beijão

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  2. Obrigado pelo comentário Kizy!
    Seria mais feliz se não tivesse realmente acontecido isso...Mas, valeu a pena. Tive uma história pra contar!

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